domingo, 29 de março de 2015

O céu que pertence aos pássaros afônicos


O tempo vai passando e mostrando para nós algumas verdades enferrujadas que nunca foram ditas, verdades que ficarão marcadas nas cicatrizes da vida. As vezes tenho vontade de voltar no tempo e pedir desculpas para algumas pessoas, mas agora não há mais tempo. O tempo que nos resta abafará as angústias e nos levará para novos caminhos, novas montanhas, novos prédios ou penhascos; pois na vida temos poucas chances de fazer as coisas certas e muitas de fazer as coisas erradas; eu acho que errei demais, agora tenho que conviver com esses erros e as vezes fechar os olhos e fingir que eles não existirão.

Se a vida continua, nos fazer acordar com esperança renovada todos os dias, mas nem sempre percebo o brilho de seus olhos, que reacendia minha chama todos os dias. Acho que os olhos não brilham mais como antes, nossa música não canta tão alta como antes. Parece que está tudo normal, mas  é exatamente isso que afoga nossas esperanças, uma inércia do qual não consigo explicar ou compreender.

Ainda estou acordando todos os dias, com a esperança de que a vida voltará ter o mesmo sentido para nós, mas meu pessimismo sempre falou mais alto e interrompe todo o zelo que eu poderia ter. Sinto que existe uma procura de novos ares, novas metas, novos lugares, onde não haverá as velhas rachaduras da qual você já deve estar cansada de ver. O céu está limpo e por mais que os pássaros não cantem mais nossa canção favorita, eu vou entender se você simplesmente quiser ser feliz de verdade.




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