quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Tudo sobre um poema que não merece um título a não ser minha mais profunda vontade de esquecer.

Obrigado por ter-me feito acreditar, que o amor ainda era possível,
quando eu já havia
decretado minha falência sentimental.
Obrigado também por ter-me feito acordar,
antes que meus vícios me consumissem
e me jogasse para debaixo de sete palmos da terra.
Obrigado por ter-me feito oscilar perante a esse mar em que fui jogado,
e ter navegado por ondas,
sem encontrar a terra firme;
Obrigado, por ter participado de inúmeras noites,
de ter trocado dezenas de sorrisos,
de ter me compreendido, quando eu estive errado
e de ter feito com que minhas escolhas
parecessem ter sido as certas.

Obrigado também,
por ter me mostrado
o outro lado de tudo isso.

Por ter ficado em silêncio muitas noites,
da qual implorei
para que não partisse ao telefone.
Por ter feito com que meu uísque descesse rasgando a garganta,
me deixando entregue a minha insônia
e as noites mal-dormidas.
Por ter-me feito ver,
coisas que não queria ver,
como seus belos olhos
se virando contra os meus,
em direção a outro,
em uma tarde nublada
e especial.

E você sabe que eu não vou morrer agora,
que eu nem vou desistir de seguir
mas graças a você
eu tenho mais resistência
para o que vier
para o que sobrar desse resto
para as próximas noites
que estão reservadas em outros mundos,
do qual
eu estou partindo,
pois esse, já deixou de ser nosso habitat.


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