segunda-feira, 8 de maio de 2017

E já fazia um mês que não nos falávamos.
Por algum motivo que eu não conhecia, a coisa parecia estar morrendo pouco a pouco.
Então eu resolvi dar um ola:

— Oi, como você está sumido, disse ela
— pelo visto, você também.
— é que estou ocupada com o circo, agora estou ensaiando todo fim de semana
— que legal
— agora também estou sendo remunerada.
— isso é bom
— conheci gente bem legal aqui, me receberam super bem.
— eu fico feliz por você.
— eu tenho que ir, a gente se fala depois, estou atrasada.
— tudo bem

E assim, acabou, acho que os motivos ficaram suficientemente claros.
acabou como tudo começa,
do nada.
E assim é a vida,
enquanto procuramos um lugar
ou alguém
que nos entenda, ficamos aptos a encontrar esse tipo de sensação ruim,
esse tipo de gente,
que não sabe dançar,
e que parafusa nossas carnes,
apenas para fazermos lembrar, de quem um dia
desejamos dar mais do que um olá,
desejamos o desejar
e assim
querendo ou não
temos mais uma vez que deixar pra lá.




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