Estranho é mesmo ver seus olhos longe dos meus. Estes mesmos olhos castanhos, que um dia esteve tão próximos aos meus, semicerrados e virtuosos e agora, estão longes, apagados na memória.
Estranho é ver você cada vez mais longe, como se estivéssemos na roda-gigante, de nosso parque de diversões imaginário e estamos nas pontas opostas. Enquanto você chega mais perto do céu, eu estou mais perto do chão e nessa brincadeira, eu nunca vou poder olhar em seus olhos e dar um sorriso e um thchauzinho a distância.
Estranho mesmo é ver nossos sonhos se realizando, aqueles lugares legais, que nós queríamos ver juntos um dia, mas que agora, apreciaremos de ângulos distintos. Cada qual no seu canto, cada um com seu ardor e será como se nos conhecêssemos somente de vistas. Acho que pensar nisso é amor, ou ao menos o que restou dele. Esses retalhos de conversas, que se perpetuam na minha caixa de e-mails, os livros em minha biblioteca e na música que eu deixei para ouvir hoje a noite, só para lembrar de você.
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