domingo, 21 de outubro de 2018

Naquela noite ele esqueceu o caminho de casa



Eu prefiro preservar nossa amizade, ela disse pra ele.
Oras, como se essa amizade fosse realmente satisfatório,
que dela nascessem os frutos necessários que os privariam da solidão de um quarto vazio em uma madrugada de inverno daqui quinze anos.
como se essa amizade conservada, padece sobre a alma e fortalecesse as de nossa vida
e como se um dia eles se lembrassem,
que não se beijaram naquela noite,
para conservar algo que não existe mais.

A vida são pequenos espasmos que atrofiam nossos sonhos.
Plantamos, cultivamos mas morremos sem colher.
Mas pra que se lamentar agora jovem?
o não é não.

Já tarde da noite ele voltou perdido para a casa
mas percebeu que a giro do volante, dava entrada para uma nova rua
e como se fosse mágico
a lua sempre estava posta a sua frente
no esplendor de sua beleza estonteante
e naquela noite
ele teve certeza que ela estava dando o seu espetáculo
 para um único espectador



domingo, 14 de outubro de 2018


Quando as coisas estão paradas, nós de alguma forma  temos que dar um passo, pra ver se algo muda de lugar, se não enlouquecemos sem sair do lugar.

bate o vento, reflete na alma.
mas

Deus, o mundo está estranho la fora, estamos em eleições e as pessoas estão ficando más, racistas e patriotas demais para meu gosto.
 Isso é 2018 e u já não ser o que será de nós em 2020.

Mas eu ainda estou no meu lugar, um tanto entendiado e por isso dou passos, e eu  não sei se nesta noite eu construí ou destruí minha ponte, mas quando voltei pra casa, eu vi as mesmas luzes de sempre e cruzei pelas mesmas ruas de sempre, e eu já não sei dizer se isso é satisfatório, mas ainda estou vivo, legislando em meu próprio ser, um caminho feliz, pra um final feliz.