Eu prefiro preservar nossa amizade, ela disse pra ele.
Oras, como se essa amizade fosse realmente satisfatório,
que dela nascessem os frutos necessários que os privariam
da solidão de um quarto vazio em uma madrugada de inverno daqui quinze anos.
como se essa amizade conservada, padece sobre a alma e
fortalecesse as de nossa vida
e como se um dia eles se lembrassem,
que não se
beijaram naquela noite,
para conservar algo que não existe mais.
A vida são pequenos espasmos que atrofiam nossos sonhos.
Plantamos, cultivamos mas morremos sem colher.
Mas pra que se lamentar agora jovem?
o não é não.
Já tarde da noite ele voltou perdido para a casa
mas percebeu que a giro do volante, dava entrada para uma nova rua
e como se fosse mágico
a lua sempre estava posta a sua frente
no esplendor de sua beleza estonteante
e naquela noite
ele teve certeza que ela estava dando o seu espetáculo
para um único
espectador
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