Dois minutos se foram desde que
peguei a caneta pra começar a escrever.
dois minutos a menos de vida,
porém já não há de onde tirar.
Pois as voltas do ponteiro parece não ter mais
importância
quando as coisas estão
assustadoramente paradas.
E eu estou com medo
de me atrasar no tempo
e eu estou
com medo
novamente
As vezes me sento na poltrona
e fico olhando para as paredes
dilacerando as vistas
para relembrar
de um tempo distante, do qual, eu não conhecia a maior
parte
das pessoas que hoje convivo.
um tempo tão longínquo, mas que me conforta.
um tempo em que eu tinha pouco,
um tempo que o mundo não oferecia muito.
um tempo que todos os que eu amava, eram eternos.
ninguém morreria.
ninguém sentiria falta de ninguém.
porque era o tempo eterno.
o tempo que eu amo estar, um pedaço do dia eterno.
Mas para minha amargura isso já não existe,
o passado fica guardado em algum lugar, quando somos
jogados para o futuro.
Eu espero
que se existir algo além daqui
e eu possa escolher viver nesse lugar que gosto de
lembrar.
eu quero voltar para aqueles dias
aquele momento
em que tudo que eu olhava
parecia
que não iria
acabar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário