Em tempos cada vez mais distantes, nós, seres humanos
comuns, corruptos por natureza e ostentados pela ambição de lucrar, continuamos
sendo os mesmos. Vivemos alucinação de
suportar o dia-a-dia, onde os mais amparados conseguem os melhores remédios e
tratamentos.
Quem sou eu para julgar os egoístas que caminham por essa selva de pedra, tão
clichê quanto acreditar que à alegria só existe quando é compartilhada. Mas não
existem dúvidas que essa frase feita é a mais sincera, porém incompreendida de
todos os provérbios.
Me lembro de uma metáfora, dita nos bairros mais humildes que possa existir,
cujo autor nem reparou nas palavras que usou. Anunciando sua saída, perguntou
ao taxista – Em qual eu chego mais rápido, Paraíso ou Liberdade... referiu-se as estações metroviárias da Cidade Cinza...O
taxista informou o destino mais célere, sem perceber à incoerência simbólica
traduzida em palavras. Já eu, parado ao seu lado, nada falei... Deixei a fumaça
de meu cigarro tomar conta de minha face, juntamente com uma reflexão profunda
em minha mente, que nada respondeu naquele instante...
O tempo passou e eu ainda estou tentando desvendar qual caminho, entre Paraíso ou Liberdade, é mais rápido no ‘Tic Tac’ de nossas vidas.
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