segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Atalhos para lugar nenhum

    Em tempos cada vez mais distantes, nós, seres humanos comuns, corruptos por natureza e ostentados pela ambição de lucrar, continuamos sendo os mesmos.  Vivemos alucinação de suportar o dia-a-dia, onde os mais amparados conseguem os melhores remédios e tratamentos.
Quem sou eu para julgar os egoístas que caminham por essa selva de pedra, tão clichê quanto acreditar que à alegria só existe quando é compartilhada. Mas não existem dúvidas que essa frase feita é a mais sincera, porém incompreendida de todos os provérbios.

    Me lembro de uma metáfora, dita nos bairros mais humildes que possa existir, cujo autor nem reparou nas palavras que usou. Anunciando sua saída, perguntou ao taxista – Em qual eu chego mais rápido, Paraíso ou Liberdade... referiu-se  as estações metroviárias da Cidade Cinza...O taxista informou o destino mais célere, sem perceber à incoerência simbólica traduzida em palavras. Já eu, parado ao seu lado, nada falei... Deixei a fumaça de meu cigarro tomar conta de minha face, juntamente com uma reflexão profunda em minha mente, que nada respondeu naquele instante... 
   O tempo passou e eu ainda estou tentando desvendar qual caminho, entre Paraíso ou Liberdade, é mais rápido no ‘Tic Tac’ de nossas vidas.



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