sexta-feira, 20 de junho de 2014

A dança não para

   Começo a escrever, como sempre, minha brincadeira preferida de faz de conta... Faço de conta que entendo todos, mas na verdade, sequer consigo encontrar o escape de meus problemas. Vejo pessoas felizes na maior parte do tempo, eu as admiro. Procuro estar assim também. Dou risada com elas, mas não gosto de ficar muito tempo ao lado. Boa parte das vezes não vejo a hora de me encontrar com a solidão novamente. Nesses momentos, eu penso mais. Me sufoco mais. Pessoas são sempre previsíveis, gostam das mesmas coisas, assistem os mesmos filmes e normalmente gostam dos mesmos músicos e atores. Elas também odeiam política. Esses seres são como moscas sobrevoando a mesma merda. Eu também sobrevoou a minha, sempre sentindo uma inquietante sensação de que não estou saindo do lugar.

  Os planos dessa gente já estão traçados. Irão trabalhar, acumular o capital, criar o status quo, casar e esperar, até ficarem soterrados debaixo de uma terra de péssima qualidade em um vale das sombras qualquer. A vida vem nos ensinando isso há séculos, mas somos soberbos demais para pensar em uma maneira de livrar-se desse acaso. Decretam por fim a existência de Deus e a vida eterna, assim vão adoecer tranquilos e sem remorsos.  Eu juro, que procuro Deus em todos os lugares, e tenho a esperança de que terei minhas dúvidas sanadas, mas ainda espero, cauteloso e sem pressa, pois o mundo vem em ruínas e a única coisa que a  fé inabalável trouxe para humanidade é o retrocesso social e mental.

  Do mais, esses pensamentos são embasados na mente de um escritor falido, que continuará sendo uma anônimo inútil, para todo o sempre.




  

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