quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

De repente sentimos uma angústia que geralmente chamamos de saudade. Mas o telefone parece que não querer conversar mais. Nesse caso não colocamos nossos dedos no teclado numérico, com medo de que nossa saudade seja abafada. Deixamos morrer com o tempo nossa vontade e tudo parece ser normal. Assim é mais fácil, da forma mais dolorosa, mas é mais fácil e eu não sei se existe outra maneira. Vamos deixando com que o tempo varra e cubra nossas trincheiras, plantaremos rosas por cima, para relembrarmos dos velhos tempos e brindaremos sozinhos olhando as estrelas nesse futuro incerto. Pedimos por isso e pagamos por isso e nada mais parece ter sentido desde então. Mas o tempo, ele não para, como diria o nosso poeta. A vida é tão vaga quando não tem sentido e pior ainda é quando esse sentido está vagando para o infinito, onde não podemos mais tocar, onde não podemos fazer mais nada além de acenar e dizer adeus para tudo que conseguimos.  

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