quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Sempre que viajamos para algum lugar, levamos conosco a saudade daqueles que nos ama e também vamos acompanhado de quem amamos. As árvores passando deixam em nossa vista o desfile da natureza, uma sensação que não tem preço e somente aqueles sentem esse prazer, podem se dar o luxo de gozar de um desfile único e gratuito.

Em meio às pedras, em uma cidade pequena, onde havia paz e amor por todo o lado, eu encontrei a paz, mas pouco vi amor em minha volta. Senti falta dele, faltava algo que eu não se pode comprar. Eu não sei se estou velho demais para me importar com isso, mas ao meio daquele imenso céu azul e cinza, palavras se formavam e me diziam o caminho que eu devo seguir.
Passei sobre as trilhas, subi em pedras e nadei em lagos, uma vontade imensa de berrar para que o silêncio da terra pudesse me ouvir, mas nem mesmo as pessoas mais próximas estavam me ouvindo naquele momento. Não foi fácil entender.  

Se um dia eu partir dessa terra de silêncio, vou levar esse amor acumulado, com a certeza de que ele é somente seu e assim deverá ser eternamente. Mas abdicar de algo pode libertar aqueles que não suportam mais esse amor. A prisão também pode ser feita de amor e eu não posso mais sobrelevar a profissão de ser um carcerário de alguém que tanto gosto.

Dessa vez eu aprendi que o erro está em procurar maneiras erradas de fazer outras pessoas felizes. Maneiras que me fariam feliz, não deixarão outros mais felizes. Ou abdicamos de nossa felicidade individual, para polir quem está ao nosso lado, ou exerceremos nossa vontade incumbida e assim deturparemos tudo a nossa volta, esbanjando nosso egoísmo e destruindo os nossos mais belos sonhos.

Eu sinto muito, por ser tudo que sou.



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