sábado, 18 de abril de 2015

O amor lhe cospe na sargeta.



E então, no final, depois do último trago de bebida, sobra o destino singular de viver só. Nada nessa vida dura para sempre, quem acredita nesse tipo de coisa no mínimo o tipo de pessoa que acreditou em papai noel até os oito anos.
Primeiro nasce as carícias, as palavras bonitas, as conversas de madrugada, um sentimento esplêndido que brota e a felicidade constante associada a vontade de encontros. Passa o tempo, o corpo já se conhece suficientemente bem, as veias  já se cruzaram e os toques não são tão quentes como já foram no começo.  Logo, como um truque de Copperfield, tudo vai desmoronando. Exigimos sempre do outro(a) que seja como da primeira vez, mas a primeira vez já acabou, nos resta o gosto amargo do fim de um belo começo, que até então, pensávamos que era para sempre.

Aqueles que resistem ao tempo, em sua maioria, viverá infeliz, mas satisfeito com seu sentimento de posse; com sua segurança de poder entrelaçar os dedos em quem, no seu consentimento, é a pessoa certa.
Obviamente existirá exceções que duram para sempre, eu gostaria muito, antes de eu visitar o inferno pela primeira vez, ser uma exceção para você.

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