Só mais uma noite, e essa cidade grande e vazia, por dentro,
se torna um labirinto de ambulantes desconhecidos. Agora de uma música que nem
toca mais no meu rádio. Ele está quebrado. O espelho reflete o eu sozinho, sem
ninguém, sem você. O Culto à própria personalidade fracassa novamente. Uma voz
que me diz que para sobreviver é preciso se esconder. O teto está prestes a
cair e o cinzeiro cheiro mostra os sinais letais de toda a dor. Alguns remédios
são necessários. A propaganda diz que te salva, eles tomam suas últimas moedas
e saem dançando e comemorando seus vícios, procurando outros corações
despedaçados para lucrar.
E então agora eu posso admitir ter sido um exagero, desespero
eu sei. Tentei interpretar de várias maneiras e agora deixo meu corpo à deriva,
evitando a tragédia circular, a procura de um recanto e procurando por fim, a
felicidade incondicional, de viver sozinho, sem ti, pra sempre.
Faça não doer. Faça tudo desaparecer...
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