terça-feira, 8 de setembro de 2015

Afasia

Eu gostaria que minha poesia soasse alto agora
em seus ouvidos, nesta noite
Mesmo sabendo,
que você pode estar em qualquer canto desta terra,
e deve estar bem
eu sei.
Com pessoas muito mais impressionantes
do que eu,
E eu sei também,
que nunca fui capaz de lhe deixar bem de verdade
que nunca consegui escrever coisas que lhe deixassem
realmente
feliz.


Nunca tive coragem de levantar daqui e te mostrar o mundo,
como eu também,
queria ver,
me desculpe.
Escrevi minhas linhas, sobre tuas páginas e...
mesmo assim, nunca fui objetivo o suficiente;
nunca consegui dizer quanta importância você tem,
Só consigo expressar agora, quanta falta você me faz agora.


nunca talvez poderei dizer isso novamente
mas o que eu posso garantir
é que não escrevo
para multidões
nem para os palcos iluminados
eu escrevo para você
e só você.


Tem dias que o sol demora pra se pôr.
Desculpe-me por não ter conseguido ser,
tudo aquilo
que eu
quis ser.


E agora eu continuo aqui, desintegrando-me aos poucos
de tanto esperar
olhando para o teto,
para as paredes rachadas,
para os quadros e esperando
um telefonema
uma mensagem
um som, um sinal de vida.
Que eu já sei,
que nunca vai chegar.





Nenhum comentário:

Postar um comentário