e também pensando no amor sem o mundo.
Quero dizer...
fiquei conjeturando essa sabotagem que cometemos contra nós mesmos;
e acho que depois que sofremos algumas decepções amorosas,
acabamos criando uma autoproteção dentro de nós, digamos uma certa resistência ao amor por causa nobre e própria.
A resistência é gerada pelas frustrações antepassadas e acaba compactando todo o sentimento e assim, vedamos a porta de nossa casa para o acaso. Depois de um certo tempo, acho que o amor não pode mais ser gerado através da primeira vista, como aconteceu algumas vezes na nossa infância.
Aquele encontro casual que as vezes marcamos, aquela ação sem sentimento, que parece que vai pular do nada para lugar nenhum e por vezes, deixa a mesa do bar silenciosa entre os olhares perdidos gerados pela falta de nosso interesse. Muitas vezes esses encontros pulam mesmo, do nada para lugar nenhum, mas é somente nessas tentativas que podemos evitarmos nossa própria sabotagem.
Somente comprando mais uma ficha, podemos tentar ganhar mais uma vez o nosso jogo.
Perto de mim tinha um livro de Max Weber e dizia logo nas primeiras páginas, "Às vezes, nossa vida é colocada de cabeça para baixo, para que possamos aprender a viver de cabeça para cima".
É isso que sobrou pra mim,
É isso que sobrará para leitor.
Abra aqui,
esse seu peito para o acaso,
antes que esse descaso acabe com seu peito.
O Semeador de Estrelas, localizada em Kaunas, Lituânia |
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