terça-feira, 22 de julho de 2014

Dançando junto aos loucos em nosso redor

  Hoje acordei, com uma imensa vontade de continuar dormindo. O sonho estava bom, tranquilo e sossegado. Foi difícil calçar meus sapatos e colocar as mesmas calças de sempre para voltar á realidade. Fazer a mesma trilha e hibernar no mesmo lugar. Nesses dias de tédio da aurora, observo mais o rosto das pessoas. Suas expressões são fantásticas, hora felizes, outrora tristes. Motoristas, padeiros, publicitárias, livreiros e mendigos. Todos seguem seu caminho pela manhã, para os mais diversos rumos, as mais diversas dores, os mais sombrios pensamentos. Parecemos pessoas normais, mas todos são estranhos e eu não faço exceção. O pior de tudo não é fazer parte dessa colméia de gente estranha, o problema está em se estranhar. Sim, olhar no seu próprio rosto e não se reconhecer. Eu não quero o que eles querem. Eu não quero celulares de última geração, nem bajular super-heróis americanos. Eu não quer ir em baladas, me esfregar em todo mundo como se não houvesse outra coisa mais interessante. Eu não quero um novo amor. Eu não quero ouvir novas tendências musicais Eu não quero ser recriminado “gordo, feio, magricelo, grande, pequeno, calvo, idiota, besta’’. Tudo isso é muito comum para esse monte de gente estranha. Eles fazem isso o tempo todo. Mutilam as pessoas com seus olhares e seus julgamentos banais. Mas dançam essa música sem saber, sem ver, sem sentir. Está no sangue, na mente, na sabedoria pífia dessas pessoas do terceiro mundo.



  Sim, hoje o mais estranho foi não querer acordar, e quem sabe nunca mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário