quarta-feira, 29 de julho de 2015

Por mais que o mundo possa me achar um chato e de fato eu já assumi a identidade, talvez eu olhe demais e deduza muito como o meio social constrói o seu convívio. Eu não faço por mal, gosto de observar mas não vou tocar, não vou mexer, não vou alterar o futuro das coisas, mesmo que o futuro seja ruim sobre minhas vistas. Eu já passei muito tempo tentando aparar o cabelo das pessoas então hoje eu vejo mais, escuto mais, escrevo mais e falo menos. Aprendi então que os seres humanos se empenham e dão seus 'jeitos" para muita coisa. Esforçam-se para acumular e acumulam um monte de lixo e se esquecem que nada levaram no final, mas o consumismo é o primordial para uma suposta vida sadia que eles desejam ter. Olham demais para seus celulares e se esquecem de olhar para a lua, quando a mesma aparece todas as noites para nos contemplar com seu espetáculo gratuito. Mandam mais mensagens do que conversam pessoalmente e por mandar tantas mensagens demais, logo olham demais para baixo, se esquecendo de olhar para os lados e por não olhar para os lados, logo não encontram outras pessoas.


Não que antes o relacionamento humano fosse muito diferente ou muito melhor do que hoje é, mas antes ainda havia esperanças, agora depois de tanto procurar avisto apenas raras exceções e um mundo não pode ser moldado a base das exceções, pois não é a vida que interessa a maioria. A vida artificial venceu por fim a vida real, pois é assim que as pessoas aprenderam apreciar, a sentir o prazer e até mesmo a amar.


Espero que as pessoas ainda estejam ouvindo música, estou aqui ouvindo as minhas e sei que existem alguns como eu por ai, um grande abraço para todos eles.



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